Desta vez jogando em Caxias do Sul, já que a Arena está cedida para a disputa da Copa América, o Grêmio foi ao Centenário no sábado (08), e no apagar das luzes venceu o Fortaleza, candidato ao rebaixamento, pelo escore mínimo.
Em oito jogos, foi apenas a segunda vitória gremista. Mais que os três pontos, valeu mesmo a subida na tabela de classificação e, ao menos momentaneamente, a distância do Z-4.
Se no primeiro triunfo do Brasileirão contra o Galo, na Arena, o Grêmio gastou a bola e voltou a atuar bem, o mesmo não se pode dizer do confronto contra a equipe de Rogério Ceni.
Na rodada anterior, já pegamos um certo “nojo” na derrota para o Bahia, em uma atuação “capenga”, e quando pensamos que o velho conceito de jogo seria a tônica da equipe de Portaluppi, eis que um limitado Fortaleza nos anula, por cima e por baixo. Não estou acostumado a ver este Grêmio! Voltei a me preocupar!
Foram 34 cruzamentos feitos e apenas sete certos. Destes, dois contra o gol defendido por Felipe Alves. Nas chamadas bolas longas então, foram 49 tentativas, 33 terminaram sob o domínio de jogadores gremistas. Mas esse não é o nosso “estilo de jogo”. E mesmo sem a individualidade de Everton, o nosso principal expoente ofensivo, de 20 dribles tentados, 11 foram bem executados. Mas era o Fortaleza e vencemos apenas por 1 a 0 e no final do jogo. Ah, e na base do abafa, com um jogador a mais desde a metade do segundo tempo!
Para quem sonha em conquistar algo maior no decorrer do ano em competições que lhe exigirão mais e contra adversários de maior “cacife”, nada melhor que a parada da Copa América para recuperar peças e azeitar o time, que perdeu um pouco o plumo.
Quem sabe Renato Portaluppi tenha razão quando diz que; “somos culpados por termos viciado a torcida com grandes partidas”. Justamente por ter nos viciado desta forma é que a grande maioria segue acreditando que o Grêmio mais uma vez pode se reinventar e voltar a nos dar alegrias ainda neste ano. De resto, fica o mimimi pra quem se lembrar dele logo ali adiante….
NOTAS:
Paulo Victor – Quase um mero expectador dentro das quatro linhas – 5
Léo Moura – Jogando bem volta e meia mostra que ainda tem gás pra dar conta do recado, pois a qualidade é indiscutível – 6
Geromel – Comandou a defesa com a liderança habitual – 7
Rodriguez – Grata surpresa recente, o guri está literalmente lapidado – 7
Leonardo Gomes – Jogando de pé contrário, foi apenas modesto e cruzou uma bola melhor que Cortez. Ah, de esquerda – 5
Maicon – Dita o ritmo da equipe, especialmente na ausência de Matheus Henrique – 6
Thaciano – Não é o melhor parceiro para Maicon na volância. Partida modestíssima – 4
Alisson – É a melhor opção pelo direito, mas não teve bom desempenho – 6
Jean Pyerre – Distribui bem as jogadas. As vezes some. As vezes se omite. E as vezes dá uma pifada monstruosa, como a do gol – 7
Tardelli – Mostrou vontade, mas somente isso não é o suficiente. Pareceu não escolher as melhores jogadas, mas acredito no seu potencial – 5
Vizeu – Foi pouco acionado e saiu bastante da área para receber a bola – 5
Pepê – É a válvula de escape pelo lado esquerdo. Foi feliz na combinação com Jean Pyerre – 8
André – Não fez mais que Felipe Vizeu – 4
Patrick – Entrou no fim – sem nota
Renato Portaluppi – Por vezes compra brigas desnecessárias com a imprensa, mas é o cara. Os amargos jamais o entenderão – 10