Em uma quarta-feira (20) gelada, chuvosa e melancólica, o VEC se despediu da elite do futebol gaúcho. Noite bem diferente das 25 temporadas passadas em que o clima pulsava no La Farinera, com jornadas épicas e muito orgulho batia no peito.
Poucos foram os corajosos que encararam a partida em ambiente tão desfavorável. Não era prazer para ninguém estar ontem no ADF. E o jogo até foi divertido, um 3 a 3 cheio de viradas, erros de arbitragem, gritos de “olé” e muita vontade, porém, pouca qualidade na maioria das vezes.
E assim, novamente sem vencer, o Pentacolor encerra sua participação no Campeonato Gaúcho de 2019 da pior forma possível, na lanterna, com apenas cinco pontos ganhos e nenhuma mísera vitória.
O momento é de profunda reflexão. O baque é grande. É inegável que o sonho veranense de estar na Primeira Divisão era uma utopia em 92/93, no entanto, ficamos mal acostumados ao vivenciar mais de duas décadas desse delírio e, por vezes, quase chegando ao nirvana.
Eu que vivi minha infância/adolescência vendo e acompanhando o clube nascer, crescer e se estruturar, temo pelo que está por vir. A Divisão de Acesso está cheia de clubes tradicionalíssimos que buscam voltar à elite. As dificuldades serão imensas, principalmente com uma redução drástica na parte financeira.
O sentimento jamais se acabará e é isso que ajudará a reerguer o pentacolor mais querido do mundo. A tempestade foi forte, nos derrubou, mas como dizia Renato Russo: “o sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer”, portanto, é hora de sair da comodidade e mesmice, vamos nos reinventar e ajudar o Veranópolis a voltar para a elite, vivendo o mesmo sonho de 1993, que transbordou alegria e orgulho em todos os cantos da Terra da Longevidade!
Voltaremos…
*Esse post não terá notas de jogadores, o meu protesto será assim, evitando citar e comentar a atuação daqueles que foram os responsáveis pelo descenso. Os jogadores passam, o clube fica e quem sofre são os torcedores!