O governador Eduardo Leite conversou, na manhã desta quarta-feira (9), com o prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello, sobre os transtornos provocados pela chuva da última madrugada, que também atingiu as cidades de Bagé e Alegrete. O governador colocou os órgãos estaduais à disposição para auxiliar na retomada das condições de normalidade nos municípios da Fronteira Oeste e da Campanha.
As chuvas provocaram a queda de árvores e de postes de luz, deixando clientes sem energia elétrica. Em Uruguaiana, parte do serviço já foi retomada. Casas e prédios públicos foram destelhados. Não houve registro de vítimas até o momento.
Segundo o chefe da Casa Militar, coronel Julio César Rocha Lopes, para auxiliar os municípios, desde a madrugada, a Defesa Civil e as equipes do Corpo de Bombeiros auxiliam em serviços como a desobstrução de vias em Uruguaiana, onde choveu mais de 100 milímetros. O Estado disponibilizou maquinários para as primeiras ações no município. Ainda foram enviadas lonas para Bagé e Alegrete, e as equipes também atuam desde cedo no levantamento de danos e no atendimento à população.
Uruguaiana e Alegrete decretam situação de emergência
Em Uruguaiana, o prefeito Ronnie Mello reuniu-se com secretários ainda na manhã desta quarta-feira (9). Há registro de árvores caídas bloqueando ruas. Quatro prédios da sede da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação foram atingidos, e uma escola foi destelhada.
Ao conversar com o governador Eduardo Leite, o prefeito Ronnie Mello citou a necessidade de maquinário, como patrola, retroescavadeira e motosserra, além de materiais de limpeza para as famílias. O município decretou situação de emergência.
O prefeito Márcio Amaral, de Alegrete, também decretou situação de emergência por causa da inundação, decorrência da forte chuva. Os órgãos municipais estão mobilizados para atuar junto à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.
O decreto foi expedido considerando o nível de precipitação pluviométrica, que extrapolou a normalidade, e a previsão de mais chuva para os próximos dias. O Rio Ibirapuitã está bem acima do nível normal. A chuva acumulada chegou em 233 milímetros – a média mensal para janeiro é de 159,7 milímetros.
Pelo menos sete famílias já foram retiradas das casas, e cinco estão alojadas no Ginásio do Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha. Outros dois abrigos coletivos receberão desabrigados. O Exército presta auxílio na remoção das famílias. Os bairros mais atingidos são Santo Antônio, Doutor Romário, Sepé Tiarajú, Vera Cruz, Macedo, Vila Nova, Olhos D’Água de Natal e Piola.
A prestação de serviços de saúde em Alegrete foi afetada pelo temporal. Devido a alagamentos na UPA e em postos de saúde, os atendimentos foram reduzidos a 30%.
Já em Bagé, foram registrados muitos pontos de alagamento, sem incidentes graves. O volume de precipitação chegou a 124 milímetros. A Defesa Civil municipal trabalha desde as primeiras horas da manhã para fazer o levantamento dos pontos atingidos.
Texto: Secom
Edição: Sílvia Lago/Secom