Abelhas de 200 colmeias são encontradas mortas em São José das Missões

Tendo como possível causa a contaminação por aplicação inadequada de inseticida nas lavouras, abelhas de 200 colmeias de seis criadores de São José das Missões, no Norte do Estado, foram encontradas mortas nos últimos dias. A mortandade ocorreu na localidade de Linha Progresso, distante 6 km da cidade, as informações são do Jornal Correio do Povo.

Segundo o agrônomo da Emater Mairo Piovesan, calcula-se que morreram aproximadamente 12 milhões de abelhas, levando em conta que, em cada colmeia vivem 60 mil insetos. “A provável causa da morte foi a utilização de inseticida a base de Fipronil para o controle do tamanduá-da-soja. “O uso do inseticida a base de Fipronil é autorizado na cultura da soja, porém, a sua utilização conjunta no mesmo tanque de pulverização com Glifosato na dessecação das plantas daninhas da soja atingiu plantas de Nabo Forrageiro, onde se encontravam as abelhas.”

Piovesan informou que a aplicação teria acontecido numa lavoura distante 3 km das colmeias. “Como as abelhas circulam num diâmetro de 6 km, elas acabaram chegando às flores do nabo forrageiro e se contaminado, depois, ao retornarem às colmeias, infectado toda a sociedade de abelhas, ou seja, nas caixas onde vivem e produzem o mel.”

A Patrulha Ambiental da Brigada Militar de Frederico Westphalen esteve no local fez levantamento da situação. O caso também foi registrado Delegacia de Polícia de Palmeira das Missões. O prejuízo está sendo calculado e um relatório será juntado à investigação. Cada colmeia produz aproximadamente 40 quilos de mel por ano.

A Emater informou, ainda, que está auxiliando os apicultores e orientando os trabalhadores a não consumirem nem comercializarem o mel estocado nas caixas. “Além disso, sempre orientamos os produtores de grãos a seguirem orientações técnicas para evitar a contaminação e morte de abelhas e outros animais pelo uso inadequado de agrotóxicos”, observa Piovesan.

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