Grêmio vence o River Plate e tem vantagem para o jogo de volta

O Grêmio implodiu o caldeirão do Monumental de Núñez nesta terça-feira. O time de Renato Portaluppi jogou diferente de tudo que já tinha feito, manteve uma marcação perfeita e, na base do nó tático, conseguiu uma vitória improvável contra o River Plate. Garantiu o placar dos sonhos com o 1 a 0, dando a vantagem de qualquer empate na Arena, onde será o jogo de volta na próxima terça-feira. Antes disso, no sábado, o Tricolor recebe o Sport, pelo Brasileirão.

A primeira etapa teve um Grêmio diferente e funcional segurando com competência o ímpeto dos donos da casa. O Tricolor encaixou a marcação sem dar maiores chances para o River e especulou bastante na bola aérea, levando algum perigo.

Disciplina e jogo aéreo

O foco nos lançamentos altos pegou os hermanos de surpresa logo no primeiro lance da partida. Geromel levantou na área e Cícero subiu livre para cabecear nas mãos de Armani. O River respondeu aos 7, quando Pity Martinez lançou Quintero. Na cara do gol, ele chutou forte, mas Grohe fechou o ângulo para defender.

No contra-ataque pelo lado, os comandados de Renato Portaluppi voltaram a levar perigo aos 10 minutos. Alisson cruzou bola perigosa na área e Jael se antecipou aos zagueiros. Chegaria para o gol, mas o goleiro argentino se atirou na frente para interceptar.

Marcelo Grohe precisou trabalhar principalmente nos chutes de fora da área. Ele defendeu uma bomba de Quinteros e, depois, evitou um chutaço de Palacios rente ao poste esquerdo.

O Tricolor, por sua vez, parou em Armani e na zaga nas investidas aéreas. Numa delas, Kannemann cabeceou firme, mas em cima do goleiro. Na outra, Maidana tirou de cabeça e Ramiro emendou o chute de primeira, no rebote, parando no bloqueio defensivo.

Nos minutos finais, o River ensaiou uma pressão e foi para o abafa. Não conseguiu, porém, quebrar as linhas do Tricolor, que se manteve firme na marcação. Susto apenas aos 39, quando Palacios chutou de longe e Grohe espalmou para o meio da área. Geromel apareceu no reflexo e tirou o perigo, garantindo o 0 a 0 antes do apito.

As equipes voltaram sem mudanças e a pressão do River aumentou. Em resposta, o comportamento tático dos gremistas seguiu perfeito. A recompensa para a disciplina tricolor estava a caminho.

Certo que, aos 4 minutos, o time se safou após falha na marcação aérea. Quintero cobrou escanteio na marca do pênalti e Maidana subiu completamente livre para cabecear. Para sorte azul, preta e branca, mandou por cima.

Michel cala o Monumental

Ramiro ainda deu um susto em Geromel, aos 8. O volante sofreu falta e tentou cobrar rápido. Mandou direto no marcador. Com a defesa toda desarmada, o zagueiro gremista botou o pé na frente e conseguiu o recuo para Grohe despachar.

E foi aos 16 minutos que a insistência nas bolas aéreas rendeu frutos, e exatamente com a surpresa na escalação da partida, o volante Michel. Alisson cobrou escanteio na pequena área e o volante foi o último a saltar, subiu mais alto que todos e desviou em diagonal. A bola passou pelo goleiro Armani e morreu no ângulo direito com a festa gremista pelo 1 a 0.

Os argentinos foram para o abafa, mas sem nunca quebrar a marcação impecável dos gremistas. Por sinal, foi o Tricolor que chegou mais perto de ampliar até o apito final.

Aos 33, uma cobrança de falta levou extremo perigo para a meta de Armani. Jael tentou o chute direto e carimbou a barreira. Léo Gomes aparou o rebote e chutou de chapa, com estilo. A bola tirou faísca do poste esquerdo antes de assombrar o Monumental de Núñez.

Para o River, restou insistir, com muitas bolas aérea, aposta que se intensificou com a entrada de Pratto no lugar de Scocco. Ele até conseguiu um chute por cima, mas abafado por Léo Gomes. Depois, Pity Martinez cruzou com categoria após driblar o lateral gremista. Pratto chegou a olhar para o fundo das redes, quando Cortez surgiu na antecipação e tirou o perigo.

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